922 resultados para Cérebro Localização das emoções


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O presente trabalho se dedica a realizar uma incurso na histria do pensamento criminolgico a fim de contribuir para um mapeamento das justificativas do surgimento de certas normas penais, algumas ainda em vigor, e o mapeamento das razes da edificao de muitas instituies jurdicas e administrativas, algumas ainda em funcionamento. A anlise tradicional da biografia da Criminologia costuma, todavia, omitir certas ideias que deveriam ser integradas ao percurso da sua vertente cientfica. Vrios so os autores que apontam para a origem da trajetria cientificista criminolgica na Europa do fim do sculo XIX. No entanto, quando se aprofunda na identificao das razes das referncias positivistas na implicao Medicina-Pessoa-Sociedade da era moderna e sua influncia na seara criminolgica, percebesse que uma tmida Criminologia j estava nascendo no incio do sculo XIX com os estudos sobre a fisiologia cerebral. Em meio a um processo poltico amplo de fortalecimento do Estado e da burguesia, d-se a formao de um aparato mdico-jurdico, pelo qual se demonstra a tentativa de reconhecimento da autoridade mdica para alm dos limites legtimos da atividade. Preocupa-se, portanto, em chamar a ateno para o movimento de medicalizao do criminoso por uma leitura histrica do impacto do cientificismo cerebral na esfera criminal. O material desenvolvido pela Frenologia e, depois, pela Antropologia Criminal, emblemtico dessa onda cientificista do sculo XIX, na qual as pesquisas cerebrais imprimem a viso sobre a etiologia do crime a partir de seus marcadores biolgicos. Mais particularmente, atenta-se para a recepo das teorias de Franz Joseph Gall e de Cesare Lombroso sobre o cérebro (do) criminoso na criminologia do sculo XIX, atravs da discusso da noo de livre arbtrio, do debate sobre retribuio versus tratamento, bem como das propostas de medidas preventivas em caso de tendncias violncia e das polticas pblicas voltadas para o cerceamento de direitos em nome de uma suposta defesa social.

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Tese de dout., Psicologia, Faculdade de Cincias Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2010

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A presente dissertao centra-se num estudo sobre, a conceo de um edifcio ldico, de utilizao livre, sendo o projeto uma proposta atualizada e contempornea de um edifcio, relativamente utpico, que encontra no Fun Palace de Cedric Price o seu melhor antecedente. Apresenta-se uma breve referncia a dois espaos sociais que sofreram influncia deste anti edifcio: o centro George Pompidou em Paris e Jaaga, na India. Os dois casos de estudo aqui apresentados, Downtowm Athletic Club em Nova Iorque e o pavilho da Holanda em Xangai, revelam caractersticas relacionadas com o tema do dissertao liberdade no espao ldico e enquanto locais onde o mote da sexualidade integrado. O projeto resulta da anlise das evolues sofridas, desde 1960, no que diz respeito aos novos conhecimentos cientficos que vieram contribuir para a gerao de novas formas de apropriao de conceitos como o caso do conceito da liberdade em espaos pblicos e o da sexualidade. O conceito da sexualidade que evolui com os avanos que as neurocincias atingem sobre o conhecimento do cérebro e das emoções e que se traduzem em novas demandas do viver contemporneo

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A temtica da assimetria funcional inter-hemisfrica e analisada, neste trabalho, atravs de uma reviso crtica da literatura concernente aos estudos clnicos e experimentais (realizados tanto com pacientes neurolgicos quanto com indivduos normais) que se mostraram mais significativos para a configurao atual deste campo do saber. Inicialmente so analisados os estudos efetuados com pacientes neurolgicos lesados unilateralmente, que forneceram as primeiras evidncias sobre uma organizao assimtrica dos hemisfrios cerebrais. Na medida em que tal assimetria refere-se principalmente aos processos cognitivos, focalizou-se esta anlise nos estudos mais significativos realizados sobre os quadros de afasias, apraxias, agnosias e amnsias, diretamente relacionados problemtica da assimetria cerebral. Os estudos empregando a tcnica de Wada e com pacientes comissurotomizados foram abordados a seguir procurando-se evidenciar o grande avano que propiciaram nos conhecimentos concernentes assimetria funcional inter-hemisfrica, quer em termos da caracterizao funcional de cada hemisfrio cerebral (o que acabou por levar a substituio da problemtica de dominncia cerebral pela de assimetria funcional inter-hemisfrica) quer em termos da mobilizao de interesse por esta rea da pesquisa neuropsicolgica. No que concerne aos estudos com indivduos normais, procurou-se enfatizar a progresso de um enfoque centrado nas caracterizaes hemisfricas para um enfoque centrado na anlise dos requerimentos cognitivos de uma determinada tarefa, com o objetivo de avaliar a participao relativa dos hemisfrios cerebrais nas tarefas complexas. As diferenas individuais quanto ao padro de lateralizao funcional foram particularmente examinadas em relao aos estudos vinculados a variveis comportamentais facilmente observveis tais como a preferncia manipulatria e sua histria familiar, a preferncia ocular e o sexo, dando-se nfase a estudos correlacionais entre aquela primeira varivel e a lateralizao para a linguagem, que tm tido maior suporte emprico. Os principais modelos emergentes na literatura sobre a atuao conjunta dos hemisfrios cerebrais, tentando explicar sua din5mica, foram objeto de um tpico ulterior. Dentre os diversos modelos propostos considerou-se mais consistente o de Dimond e Beaumont (Beaumont, 1974) que prope uma atuao mais integrada entre os hemisfrios cerebrais, embora no se revele totalmente satisfatrio. Anlises de questes filogentica, ontogentica e referentes aos diferentes processamentos cognitivos requeridos em tarefas complexas foram efetuadas j que constituem grande foco de interesse na literatura atual concernente assimetria funcional inter-hemisfrica.

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Os traumatismos crnio-enceflicos (TCE) so a causa mais frequente de leso cerebral em jovens adultos, integrando o campo de interveno mais frequente na prtica neuropsicolgica (Portellano, 2005), sendo o lobo frontal uma das estruturas cerebrais mais vulnerveis ao impacto que ocorre no cérebro durante um TCE. Leses nesta estrutura cerebral esto frequentemente associadas a sequelas em diferentes funes cognitivas, alteraes a nvel do comportamento emocional e social e que podem alterar gravemente o estilo de vida do doente. Est bem documentado na literatura a relao entre o reconhecimento visual de emoções e o lobo frontal (ver, por exemplo Green, Turner, & Thompson, 2004; Croker & McDonald, 2005; Radice-Neumanet al., 2007). Os estudos indicam uma marcada dificuldade por partes destes sujeitos no reconhecimento visual de emoções bsicas e uma associao entre esta dificuldade e as sequelas comportamentais (ver, por exemplo, Radice-Neumanet al., 2007). Relativamente valncia das emoções, investigaes prvias indicam que existe uma maior dificuldade no reconhecimento das emoções negativas, comparativamente s emoções positivas, sendo consensual que a alegria a emoo bsica mais bem reconhecida no grupo clnico de sujeitos com TCE, quando comparados com grupos no-clnicos. Pretendemos com a presente investigao dar continuidade ao estudo sobre o processamento de emoções e verificar se existe um compromisso no reconhecimento visual de emoções bsicas em doentes com TCE frontais. Adicionalmente, procuramos investigar se existe uma associao entre o reconhecimento de emoções e o desempenho dos sujeitos em provas que avaliam o funcionamento executivo. Participaram no estudo 17 sujeitos com TCE recente no lobo frontal, e/ou em regies subcorticais com conexo aos lobos frontais, recrutados nas unidades de Neurotraumatologia, Neuropsicologia e de Neurocirurgia do Hospital de S. Jos, em Lisboa. Este grupo foi emparelhado a um grupo de controlo constitudo por 17 sujeitos saudveis. A ambos os grupos foi aplicada uma entrevista clnica para recolha de dados scio-demogrficos e clnicos, testes neuropsicolgicos para avaliao das funes executivas e cinco sub-testes adaptados da Florida Affect Battery (FAB) para avaliar o processamento de emoções. No geral, os resultados revelam um desempenho estatisticamente inferior no grupo TCE nas provas de avaliao do reconhecimento visual de emoções, quando comparado com o grupo de controlo, sobretudo para as emoções triste e zangada. Contudo, no existe compromisso no reconhecimento da emoo alegria. Relativamente s funes executivas, os resultados do estudo indicam que existe correlao entre a maioria das componentes avaliadas e o reconhecimento de emoções. Em suma, o nosso estudo indica a existncia de um compromisso no reconhecimento visual de emoções no grupo clnico com TCE, sendo a dificuldade superior no reconhecimento de emoções negativas. Demonstramos tambm uma correlao inequvoca entre a disfuno executiva e a dificuldade no reconhecimento de emoções nos doentes com TCE.

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A emoo pode ser considerada, em termos funcionais, como uma variao fsica e psquica que prepara o organismo para a aco, originando comportamentos de aproximao ou de fuga. Para que cada resposta comportamental seja adequada s situaes que a originam, indispensvel que o cérebro faa uma codificao eficiente dos estmulos. Estudos ao nvel das disfunes cognitivas tm demonstrado que a velocidade do processamento de informao sofre uma lentificao em pacientes com Esclerose Mltipla, quando comparados com populao saudvel. No entanto, parmetros como o processamento de estmulos emocionais permanecem por esclarecer. Desta forma, foi avaliado o processamento cognitivo de estmulos afectivos atravs de Potenciais Relacionados com Eventos (event-related potentials ERPs) registados atravs do paradigma do P300, desencadeados por estmulos de trs categorias emocionais (desagradveis, agradveis e neutros), seleccionados do International Affective Picture System (IAPS) num grupo de 11 doentes com diagnstico de Esclerose Mltipla Recidivante-Remitente e num grupo de 21 sujeitos saudveis. Os resultados obtidos sugerem valores de latncia mais elevados no grupo clnico que no grupo de controlo para as trs categorias de estmulos, no entanto as diferenas entre os grupos no so significativas. Na amplitude, verificou-se que o grupo clnico obteve valores mdios mais elevados que o grupo de controlo independentemente do tipo de estmulo.

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Nucleotdeos extracelulares so envolvidos em diversos processos patofisiolgicos no sistema nervoso central. Astrcitos so a maior fonte de nucleotdeos extracelulares da adenina no cérebro e tambm importantes alvos para as aes desses nucleotdeos via receptores purinrgicos P2. As aes induzidas pela sinalizao purinrgica so reguladas pelas ecto-nucleotidases, que incluem membros da famlia das ecto-nucleosdeo trifosfato difosfoidrolase (E-NTPDase), ecto-5-nucleotidase (ecto- 5N) e ecto-adenosina deaminase (ADA). Culturas de astrcitos preparadas de hipocampo, crtex e cerebelo de ratos foram capazes de rapidamente converter ATP extracelular a ADP, que foi ento hidrolizado a AMP. Os nucleosdeos tri-fosfatados foram hidrolisados preferencialmente aos difosfatados em todas as estruturas cerebrais. A anlise cintica sugere que varias ecto-nucleotidases esto envolvidas nessa cascata enzimtica. Anlises preliminares de mRNA por PCR indicaram que astrcitos expressam mltiplos membros da famlia das NTPDases (NTPDase1 a NTPDase3 e NTPDase5/6). Por RT-PCR quantitativo (Real-time PCR), ns identificamos a NTPDase2 (CD39L1) como a NTPDase predominante expressa por astrcitos de hipocampo, crtex e cerebelo de ratos. Astrcitos do cerebelo apresentaram um padro diferente para a hidrlise do AMP, com uma atividade especfica 7 vezes maior, quando comparada com astrcitos de hipocampo e crtex. Uma maior expresso da ecto-5N por RT-PCR foi identificada nessa estrutura. No houve acmulo de adenosina extracelular em todas as estruturas estudadas, indicando a presena de uma alta atividade ecto-adenosina deaminase em astrcitos. Dipiridamol aumentou significativamente os nveis de inosina no meio extracelular de astrcitos de hipocampo e crtex, mas no em astrcitos de cerebelo. Essas diferenas observadas podem indicar heterogeneidade funcional dos nucleotdeos no cérebro. Com o objetivo de investigar as enzimas envolvidas no catabolismo dos nucleotdeos como indicadoras da invasividade e agressividade dos gliomas malignos, ns avaliamos a degradao dos nucleotdeos extracelulares em cinco linhagens de gliomas diferentes e comparamos com astrcitos. Todas as linhagens de gliomas examinadas apresentaram baixas razes de hidrlise quando comparadas com astrcitos. Resultados preliminares sugerem que a falta de expresso da NTPDase1 e 2 possam ser responsveis pela baixa hidrlise de ATP nas linhagens de gliomas. Considerando que o ATP reconhecido como um fator mitognico que induz a proliferao em clulas de gliomas, a substancial diminuio na hidrlise de ATP e ADP observadas em gliomas, sugere que alteraes na via das ecto-nucleotidases pode representar um importante mecanismo associado com a transformao maligna desse tipo de tumor.

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The fluorescent proteins are an essential tool in many fields of biology, since they allow us to watch the development of structures and dynamic processes of cells in living tissue, with the aid of fluorescence microscopy. Optogenectics is another technique that is currently widely used in Neuroscience. In general, this technique allows to activate/deactivate neurons with the radiation of certain wavelengths on the cells that have ion channels sensitive to light, at the same time that can be used with fluorescent proteins. This dissertation has two main objectives. Initially, we study the interaction of light radiation and mice brain tissue to be applied in optogenetic experiments. In this step, we model absorption and scattering effects using mice brain tissue characteristics and Kubelka-Munk theory, for specific wavelengths, as a function of light penetration depth (distance) within the tissue. Furthermore, we model temperature variations using the finite element method to solve Pennes bioheat equation, with the aid of COMSOL Multiphysics Modeling Software 4.4, where we simulate protocols of light stimulation tipically used in optogenetics. Subsequently, we develop some computational algorithms to reduce the exposure of neuron cells to the light radiation necessary for the visualization of their emitted fluorescence. At this stage, we describe the image processing techniques developed to be used in fluorescence microscopy to reduce the exposure of the brain samples to continuous light, which is responsible for fluorochrome excitation. The developed techniques are able to track, in real time, a region of interest (ROI) and replace the fluorescence emitted by the cells by a virtual mask, as a result of the overlay of the tracked ROI and the fluorescence information previously stored, preserving cell location, independently of the time exposure to fluorescent light. In summary, this dissertation intends to investigate and describe the effects of light radiation in brain tissue, within the context of Optogenetics, in addition to providing a computational tool to be used in fluorescence microscopy experiments to reduce image bleaching and photodamage due to the intense exposure of fluorescent cells to light radiation.

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Apresenta texto da Resoluo do Conselho Nacional de Estatstica n. 388, de 21 de Julho de 1948, com sugestes a propsito da transferncia da capital da Repblica para o Planalto Central do Brasil. Contm estudos do General Djalma Poli Coelho que buscam demonstrar que o Planalto Central possui excelentes qualidades geogrficas para a instalao do novo centro administrativo e poltico do pas. Desenvolve consideraes gerais sobre as bases para o planejamento da nova capital federal.

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O sucesso recente das disciplinas neurocientficas tem provocado mudanas nas representaes sociais acerca do que constituem sentimentos, emoções e aes humanas complexas. O campo da medicina mental talvez seja o que mais tenha sido afetado por estas disciplinas, desde as ltimas trs dcadas. Cada vez mais as categorias psicopatolgicas tm sido estudadas e descritas em termos neuropatolgicos. Como se opera na prtica quotidiana de um laboratrio de pesquisas a naturalizao de entidades nosogrficas complexas, tendo o cérebro e as suas funes como objetos de estudo privilegiados? Que impacto isto poderia ter sobre a forma de se trat-las? Como isto poderia alterar a maneira de um paciente se autodescrever e agir no mundo? Estas questes gerais foram tratadas ao longo desta tese, que se apoiou sobre um trabalho de campo realizado em uma unidade de pesquisas parisiense, onde se desejava validar um mtodo de tratamento inovador para pacientes portadores de esquizofrenia: a remediao cognitiva. Este tipo de tcnica, originalmente concebida para tratar de pacientes com leses neurolgicas, migrou para o campo psiquitrico a partir de uma redefinio na forma de se conceber a categoria de esquizofrenia, promovida pelas neurocincias cognitivas: esta teria como cerne, no os clssicos sintomas positivos e negativos que a caracterizam clinicamente, mas um conjunto de dficits neurocognitivos, que incluem problemas de memorizao, de concentrao, de planejamento da ao, do raciocnio lgico, entre outros. Esta tese descreve o modo como estas concepes so geradas no interior de uma equipe francesa de pesquisa em psiquiatria, interessada em validar um novo mtodo de remediao cognitiva. Procurou-se descrever a vida social destes pesquisadores, os compromissos criados no processo de gerao de enunciados slidos, e as estratgias e dificuldades encontradas no percurso de naturalizao de uma categoria psiquitrica complexa, como a esquizofrenia. Descreveu-se igualmente as prticas de remediao cognitiva em ao e o modo como estas interagiriam com os pacientes de modo a modific-los em um certo sentido, segundo certos valores, bem como o contexto social que torna plausvel a adoo deste tipo de estratgia teraputica.

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Este trabalho tem como foco central a anlise dos dilemas presentes na produo de conhecimento acerca das emoções e do comportamento humano nas neurocincias. Para isso, realizou-se uma etnografia em um laboratrio atuante na seara da psicofisiologia ou neurobiologia das emoções. Mais especificamente, trata-se de um centro de pesquisas que atualmente realiza experimentos com universitrios, militares e pacientes psiquitricos no intuito de investigar questes relativas ao chamado transtorno do estresse ps-traumtico, o neuromarketing, entre outras questes relacionadas violncia urbana e situaes aversivas de um modo geral. Para compreender a centralidade adquirida pelo corpo e em especial o cérebro na definio da Pessoa, buscou-se acompanhar o cotidiano de transformao e atualizaes neurocientficas de problemticas j postas desde o delineamento histrico do fisicalismo moderno. Buscou-se atentar ainda para as trajetrias dos programas de pesquisas desenvolvidos e da vida acadmica das/os pesquisadoras/os, assim como para as controvrsias intrnsecas a uma atividade cientfica que se prope a discutir uma ontologia para o humano.

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Desde a sndrome do corao irritvel, passando pelas diversas sndromes do fin de sicle e chegando ao triunfo das teorias neurocientficas sobre a hipersensibilidade dos centros cerebrais de resposta ao alarme e sufocao, a Medicina buscou teorias para explicar a experincia de pavor. Investiga-se o modo como ocorreram, ao longo da histria, as transformaes da ateno mdica sobre o medo e os estados mrbidos que o acompanham. Ao se buscar na literatura mdica vestgios de anlises cientficas sobre o mal-estar intenso, do meio do sculo XIX ao fim do XX, no se pretendeu construir uma histria triunfalista, de modo que as teorias atuais pudessem ganhar status de superioridade em relao s do passado. Evidenciou-se, sim, a importncia cultural e a fora histrica de cada uma delas, salientando as possveis continuidades e rupturas de sentido que elas assumiram.

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A doena de Parkinson (DP) a desordem neurodegenerativa motora mais frequente, com uma prevalncia de, aproximadamente, 1% entre indivduos com mais de 60 anos de idade, aumentando para 4 a 5% entre os indivduos com idade superior a 85 anos. Esta condio caracterizada pela perda seletiva dos neurnios dopaminrgicos da substncia negra e pela presena de incluses proticas ricas em &#945;-sinuclena nos neurnios sobreviventes. Pouco se sabe sobre a etiologia e a patognese da DP. A maioria dos casos aparece esporadicamente, podendo estar associados a diversos fatores de risco ambientais e genticos. Na ltima dcada, estudos de ligao identificaram 15 loci cromossmicos (PARK1 a PARK15) relacionados DP e, nestes, um novo gene, ATP13A2, tem sido associado a casos de DP de incio precoce. Esse gene est situado no 1p36 e codifica a protena ATPase tipo-P da subfamlia P5, de localização lisossmica, que expressa em diversos tecidos, principalmente no cérebro. Mutaes em ATP13A2 levam formao de protenas truncadas que ficam retidas no reticulo endoplasmtico e posteriormente so degradadas pelo proteossomo, podendo causar a disfuno proteossmica, decorrente da sobrecarga gerada pela protena mutante, ou causar a disfuno lisossmica, ambas gerando agregao txica. Este trabalho tem como objetivo realizar a anlise molecular do gene ATP13A2 em uma amostra de 116 pacientes brasileiros com DP, de manifestao precoce (<50 anos), de forma a avaliar se mutaes neste gene representam um fator de risco para a DP. O DNA foi extrado a partir de leuccitos do sangue perifrico ou de saliva e a anlise molecular dos xons 2, 3, 12, 13, 14, 15, 16, 26 e 27, bem como, dos limites ntronxons foi realizada por sequenciamento automtico dos produtos da PCR. Identificamos oito variantes de sequncia: quatro variantes intrnicas (uma no ntron 2, uma no ntron 13 e duas no ntron 27) e quatro variantes silenciosas (uma no xon 3, 16, 26 e 27). Com base em dados da literatura e atravs de anlises in silico e comparao com amostras controle, classificamos a alterao intrnica c.3084- 3C>T, e as alteraes silenciosas c.2970G>A e c.3192C>T como no patognicas; as alteraes intrnicas c.106-30G>T, c.1306+42_1306+43 insC e c.3083+24C>T, e as alteraes silenciosas c.132A>G e c.1610G>T foram classificadas como provavelmente no patognicas. Nosso achados corroboram queles encontrados em outras populaes e indicam que mutaes no gene ATP13A2 no so uma causa comum de DP na amostra de pacientes brasileiros analisados. No entanto, se faz necessrio estender nossas anlises para outras regies gnicas, a fim de determinar o real papel deste gene na etiologia da DP em nossa populao.

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Este trabalho procura discutir o modo como os fenmenos sobrenaturais foram apropriados, pela cincia, no sculo XIX. A teoria do magnetismo animal, criada por Mesmer, com suas variadas interpretaes por vrias geraes de discpulos; a construo da teoria da hipnose, com a codificao da histeria abrindo definitivamente as portas das censuras acadmicas; e a teoria da dissociao, criada no final daquele sculo, demonstram diferentes explicaes fisicalistas que, muitas vezes, serviram para estabelecer distncias entre um saber popular e o conhecimento de elites profissionais. A construo do cérebro possudo, no sculo XIX, apoiada na nosologia da histeria, codificada pela Escola de Salptrire, refletiu uma importante transformao social da poca, em um processo de laicizao da assistncia pblica, fundamental para a afirmao da psiquiatria como disciplina nascente. Atualmente, a codificao de fenmenos complexos, como transe e possesso espiritual que povoam a imaginao ou a superstio popular, ganha o estatuto de entidade nosolgica, a partir das classificaes diagnsticas oficiais da psiquiatria hegemnica. O cérebro ser quase sempre a referncia utilizada na esperana de naturalizao do sobrenatural.

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O objetivo da dissertao investigar o campo da Avaliao Neuropsicolgica, analisando os pressupostos que a orientam e os pressupostos que subjazem seus instrumentos usados em suas prticas. Inicialmente, apresenta-se uma anlise histrica do campo, inter-relacionando conceitos fundamentais para a diferenciao entre Psicologia, Neuropsicologia, Psicometria e Neuropsicometria para aps analisar o cenrio da avaliao Neuropsicolgica no Brasil partir da qualidade dos testes disponveis.Duas hipteses orientam o trabalho. Primeiro, que existem problemas internos na forma como grande parte dos testes foram desenhados. A segunda hiptese que haveria pouco conhecimento desses problemas pela parte do pblico que utiliza tais tcnicas. O teste escolhido para essa anlise foi o Teste Neuropsicolgico Mini-Mental State Examination (MMSE) /Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Por problemas internos, a presente dissertao considerar a teoria do teste, seus estudos de padronizao para realidade brasileira, suas formas de aplicao e seus potenciais limitadores de uso no relacionados com essas trs primeiras variveis. A segunda hiptese entendida como uma das causas da continuidade dos problemas apontados na primeira e ser avaliada frente a algumas condies presentes no cenrio da avaliao neuropsicolgica.